Como transformar histórias ordinárias em narrativas extraordinárias

"Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham bom ânimo! Eu venci o mundo".

João 16:33

-Mamãe conta história? 

Um dia os meus filhos me pediram uma história. 

Já tinha vivido uma experiência traumática, esta foi ainda pior!

Resolvi me dar um voto de confiança e comecei a contar. 

No clímax, olhei e vi que estavam estranhos.

Tristes.

Não foi de emoção. 

E temendo pelo pior, perguntei:

-Estão gostando? 

-Ah, mamãe, não gostei que ele ficou no poço! 

Eles ficaram frustrados porque se apegaram a parte que eu menos queria. O sofrimento do personagem. 

E só nesta semana várias pessoas me procuraram para criar histórias e esta mensagem mexeu comigo: 

E ao receber mensagens assim, me lembro da minha primeira experiência. 

O meu maior erro ao contar histórias. 

Fui desinteressante. 

Divaguei nas ideias. 

Os mesmos detalhes que te faz perder o interesse em uma conversa. 

Ou quando a tia vem contar um “causo” que nunca tem fim, sabe? 

É o mesmo interesse também que as pessoas perdem em um vídeo na internet ou em um e-mail chato. 

E é justamente para esclarecer este assunto e te ajudar a criar a sua narrativa é que resolvi trazer a newsletter de hoje sobre histórias, o melhor jeito de transformar histórias ordinárias em narrativas extraordinárias. 

Você pode guiar por cada seção ou pode ler e aplicar atentamente. Recomendo a segunda opção.

Só pra dar uma espiadinha

• Busque os problemas que conectam com o seu público …

• Deixe de ego, não é sobre você

• Fale sobre o trivial

• Agora mãos a obra 

  • 1. O contexto 

  • 2. Sentimentos 

  • 3. Desejos secretos

  • 4. Oportunidades Disfarçadas 

    • Levante casos parecidos com a sua vida

    • 2.Cuidado com a repetição de regras 

    • 3. Inove em vez de inventar 

• Meu Download Mental

Antes de você julgar que ser ordinário é ruim, vamos ao dicionário pra puxar o significado da palavra? 

É o que está comum, em vários lugares. Recorrente, trivial, acontece com as pessoas, conosco e não importamos.

Ser ordinário é ouvir um depoimento do seu cliente, por exemplo, e não pegar o elogio dele como uma almofada para o seu ego. É sobre, conectar a narrativa do seu cliente com o seu público. 

Separei algumas ideias para você ser ordinário com suas histórias. E, aviso, vai precisar ser corajoso para chegar na sua melhor narrativa. 

Busque os problemas que conectam com o seu público 

Identifique o maior problema que você deseja resolver com o seu produto e que você também já venceu. 

Conecte com os conflitos que você enfrentou.

Responda para você mesmo. Quais emoções sentiu pra resolver este problema? Qual foi o maior obstáculo que você identificou na sua jornada? Qual foi o ponto de virada que te tornou quem você é hoje? 

Reflita sobre as histórias vivenciadas na sua infância e que conectam com quem você é hoje.

Preste atenção no seguinte: mapeie a sequência lógica de ações que você executou ao resolver o problema. 

Cuidado, pois muita gente confunde problema com dor. Eles são diferentes. 

Ao olhar apenas para a dor do seu cliente, você não está cutucando o real problema dele. 

É o mesmo quando você está com dor de dente e toma analgésico. Se você não procurar o profissional e tratar da raiz do problema, a dor persistirá.

Mirar o problema do seu cliente é mexer com o conflito no íntimo do seu cliente. O que faz ele questionar o mundo e o que faz ele se sentir mais leve. 

Tem uma frase que sempre escrevo e que até hoje nunca decorei, mas conecta muito com narrativas. 

 “As pessoas farão qualquer coisa por aqueles que encorajem seus sonhos, justifiquem seus fracassos, acalmem seus medos, confirmem suas suspeitas e ajudem a atirar pedras contra seus inimigos.” (Blair Warren) 

Jesus, foi especialista em narrativa. Ele fez exatamente isso quando falou em um dos seus ensinamentos: 

"Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham bom ânimo! Eu venci o mundo".

João 16:33

Antes de falar que venceu e era o rei que salvaria o mundo, Jesus se colocou como alguém que venceu os mesmos desafios. Acalmou os medos das pessoas. Você já pensou a respeito de como você pode se conectar com o seu público?

Deixe de ego, não é sobre você

E a primeira coisa que você precisa pensar ao transformar suas histórias é entender que elas não são sobre você. 

"Somente quando está livre do ego e das experiências passadas é que alguém pode usar todo o seu potencial." Ryan Holiday.

Cuidado com o impulso de olhar para sua história como um troféu a ser exibido e não como uma ponte para que as pessoas caminharem. A sua narrativa é para iluminar as pessoas.

O ego é o grande vilão na criação de narrativas, pois a todo momento somos tentados a olhar pra nossa história pela nossa ótica individualista. Não se engane, você é o primeiro a se enganar. 

Um livro que tem uma grande influência no meu método de criar narrativas e sempre recomendo é o Tribos do mago Seth Godin, que diz o seguinte: 

"O mercado quer que você seja extraordinário. A tribo mais importante está entediada com o ontem e necessita do amanhã. Acima de tudo, o mercado tem demonstrado que ideias que se espalham vencem, e as ideias que estão se espalhando são as ideias extraordinárias."

A sua narrativa se torna extraordinária quando você entende que não é sobre você.

É sempre sobre as pessoas. 

São elas que vão escolher se inscrever em sua lista de e-mails, contar as horas pra comprar de você ou ignorar sua campanha. 

Que colocarão o celular pra despertar pra participar do seu evento e chamar todo mundo ou vão bloquear suas mensagens e te colocar como spam. 

Que vão defender com unhas e dentes o seu produto ou serviço e espalhar as boas novas ou reclamar de tudo que você faz. Lembre-se sempre que for contar a sua história. 

Fale sobre o trivial

Na busca pelo extraordinário, caímos na armadilha de tentar impressionar as pessoas a todo custo.

Lemos livros, artigos de sites e conteúdos. Assistimos vídeos para pegar a história mais mirabolante e nos esquecemos das histórias que contamos a respeito de nós mesmos. 

Fatos que vivemos com nossas vós, amigos, colegas, parceiros, que ouvimos, aprendemos numa aula, nas conversas e vivenciamos no dia a dia. 

Histórias essas, ordinárias, mas poderosas e se bem conectados explodem os seus resultados, e, principalmente, as suas vendas.

Marcas espertas já fazem isso e você ainda está querendo inventar uma nova história.

Agora mãos a obra 

Até aqui a sua cabeça deve está fervendo. Chega de teoria!

Pega papel e canela, separei 3 passos para você pegar qualquer história e torná-la extraordinária. Vem comigo! 

1. O contexto 

Preste atenção no seu momento de vida.

Escreva sobre o que você estava fazendo quando enfrentava determinado problema.

2. Sentimentos 

Como você se sentia vivendo tudo aquilo? 

Você se sentia capaz? Forte? Corajoso? 

Ou se sentia um fraco, incompetente ou uma fraude? 

Quanto mais coragem você tiver para nomear os seus sentimentos, melhor você vai conectar a sua narrativa com o seu público. 

3. Desejos secretos

Quais eram os seus maiores desafios naquela época e quais foram as viradas de chaves que você viveu? 

O que queimava no seu coração? Segurança? Vontade de ter mais liberdade? Independência? 

Viajar o mundo? Ter mais tempo com a família? O que latejava dentro de você? 

4. Oportunidades Disfarçadas 

Toda vez que falo isso, as pessoas estranham, mas aprendi este conceito no livro Oportunidades Disfarçadas e muito do que o autor me falou (íntima dele) fez muito sentido na criação de narrativas nas minhas copys que já renderam múltiplos dígitos na conta dos meus clientes. 

Resumi pra você: 

Levante casos parecidos com a sua vida

Saiba o que as marcas já estão usando para contar suas histórias e mapeie como você pode ganhar vantagem competitiva pra se posicionar. 

2.Cuidado com a repetição de regras 

Aplicar passivamente o que está dando resultado sem se questionar não é garantia de que o mesmo acontecerá com você. 

Considere o seu contexto, tempo de maturidade, especificidades do negócio e, principalmente, maneiras diferentes de se posicionar.

É tentador deparar com um monte de gente falando do mesmo jeito e esquecer de que tudo tem um tempo para acontecer. 

Tome cuidado para não fazer mais do mesmo e se perder da sua narrativa. 

Inovação é diferente de invenção.

3. Inove em vez de inventar 

Falando nisso, já conheci marcas que inventaram histórias e não se sustentaram no decorrer do tempo. 

Uma vez atendi um cliente do ramo imobiliário, fiz a copy do site dele. E ao aprofundar na história do dele, descobri algo que me deixou chocada. 

O cliente era referência na cidade e esbanjava sofisticação, e poder, atendendo só pessoas de alto padrão.

E, o que me deixou boquiaberta não foi nem isso, mas o que veio depois. 

O cliente sustentava uma história de tradição para não “parecer” que tinha vindo de baixo da sociedade. 

E ele queria que eu criasse uma baita copy "matadora" com o case de sucesso que nunca existiu. É mole, isso? 

Ainda era iniciante, mas fiquei tão desmotivada, entreguei o projeto do site como combinado. Me recusei a inventar história, encerrei o contrato e nunca mais o procurei. Ele deve está penando pra segurar esta história até hoje. 

Por favor, você não precisa inventar pontos pra criar uma história que se conecta com as pessoas. 

Basta olhar pra sua história e refiná-la a partir do que já foi feito. 

Os fatos não mudam, agora os significados requer originalidade, pegar ideias ordinárias, mais do mesmo e transformá-las em narrativas poderosas e que vendem. 

Foi o que Henry Ford fez com a sua montadora de carros, o que o site eBay fez com o antigo mercado de pulgas e o Elon Musk fez quando resolveu divulgar o uso do carro com inteligência artificial. Todos, fizeram do ordinário algo extraordinário. Do já feito antes e inovaram o mercado resolvendo um problema específico. 

Agora o meu último conselho pra você ao pegar suas histórias e transformá-las em narrativas extraordinárias, comece pequeno. 

Não viaje nas ideias. Vale seguir o conselho do sábio Aristóteles: 

“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, é um hábito.”

Crie histórias ordinárias e melhore a sua narrativa com o tempo. Mas continue. Você consegue! Quando fizer, me mande mensagem. Adoro saber se estou te ajudando.

Esta foi a minha edição mais desafiadora. No início comecei a falar do O Cérebro é uma Criança, mas resolvi finalizar a de hoje, porque ela vai ser a ponte pra iluminar muitas narrativas poderosas de 2024. Que seja a sua!

Se quiser ir mais rápido e ganhar tempo na sua jornada, estou com vagas para os próximos dias, preencha o formulário abaixo, caso seja selecionado, entrarei em contato com você pra juntos criarmos a sua melhor narrativa, e com a sua verdade, é claro. 

Nos vemos na próxima edição,

Priscila Koelho

🧠 Meu Download Mental

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Aplique apenas se já vende e deseja escalar as suas vendas em 2024 com uma narrativa poderosa. Para saber mais sobre os meus serviços preencha o formulário clicando aqui.

📕 (1) O que estou lendo:

Relendo o livro Tribos e terminando o livro O Cérebro da Criança, subestimamos a capacidade dos nossos clientes da mesma forma que falamos com uma criança. Sendo que esta conversa pode ser mais simples e lúdica do que pensamos. 

✍️ (2) O que estou escrevendo:

Escrevo todos os dias sobre os meus erros e aprendizados. Comecei a escrever sobre o que sou grata antes de dormir e está sendo maravilhoso perceber o quanto somos abundantes e nos esquecemos. 

🎥 (3) O que estou assistindo:

Participando das aulas do Rennan Mezabarba com o Desafio Prosperando. Já falei dele aqui outras vezes. Ele é uma das pessoas mais disciplinadas que conheço e foi uma das pessoas que mais me encorajou a fazer o que faço hoje. Você pode acompanhá-lo por aqui.