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Como a coragem pode te fazer criar melhores histórias
“Somos nós que determinamos nossa vida segundo o sentido que damos às experiências passadas.”
A sua coragem nas relações moldam a sua narrativa de vida e impactam nas histórias que você conta sobre si dentro e fora da internet.
O fato em si é diferente do significado e até o final deste texto você vai compreender melhor como a sua coragem pode te fazer criar melhores histórias.
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Você é ensinado a agradar os filhos, o parceiro, os amigos e até os clientes, mas não aprendeu a ter coragem de ser você mesmo.
Não com uma atitude egoísta, mas com altruísmo e posicionamento.
Hoje trago trechos de um resumo especial do livro "A coragem de não agradar" de Ichiro Kichimi.
Livro A coragem de não agradar
O livro é um encontro de um filósofo e um jovem durante 5 noites.
Numa conversa de tirar o fôlego, o autor discorre uma sessão de terapia particular confrontadora.
O autor aborda vários temas interessantes. Separei 4 deles pra falar: traumas, autovalorização e incertezas.
Mas antes vamos falar um pouco sobre relações, o início de tudo.
Se você tem uma relação e não consegue ser inteiro e totalmente transparente nela, é sinal de que você não estabeleceu limites.
Segundo o autor, toda a relação que não tem limites, é um relacionamento vertical onde você não consegue enxergar valor e, pior, passa por cima de suas necessidades para satisfazer o outro.
O autor faz uma comparação entre a psicologia de Freud e Adler com princípios e comportamentos bem diferentes e interessantes.
Embora seja pouco divulgada, a base da psicologia adleriana é baseada no respeito e na coragem.
É preciso ter coragem para amar sem esperar que o outro corresponda a altura, é preciso coragem para fazer o que é melhor pra você e pro seu negócio sem medo de não agradar.
Separei 4 pontos interessantes para você refletir:
1. O caos está na sua mente
Você governa o seu cérebro
“Qualquer um vê que o mundo é um caos cheio de contradições.
Mas isso não acontece porque o mundo é complicado, Acontece porque você está transformando o mundo em algo complicado.”
As nossas experiências vão além do fato tem a ver com o sentido que damos a elas e inclusive os nossos relacionamentos pessoais, profissionais e com a gente mesmo.
Quem nunca ficou com raiva de um amigo porquê do "nada" ele parou de ligar?
Ou quem nunca se emocionou com histórias na internet de uma pessoa que ralou pra caramba e no final das contas deu a volta por cima?
Toda complicação que você vive nas suas relações vem da sua própria visão. Entender isso é como uma lanterna no escuro, você coloca cada conflito em seu devido lugar.
2. O trauma é criado
Emoções escondidas
Toda vez que você se justifica por algo que aconteceu você mesmo está criando o seu passado.
Pode parecer esquisito, mas preste atenção nas histórias que você se conta quando quer comprar algo: como um anel de diamante pra sua namorada.
Uma joia pode ter dois significados.
Você cria histórias:
"Ela merece"
"Ela tem um alto valor".
Mas poderia ser:
"Caramba, esta joia está muito cara."
"O meu amor por ela é suficiente."
Percebe a diferença?
Não é o fato apenas, é o significado.
No digital, por exemplo, nós usamos as histórias pra gerar conexão com o nosso público e fazemos isso pra compartilhar experiências, mas principalmente pra dar sentido pra nossas campanhas.
“Somos nós que determinamos nossa vida segundo o sentido que damos às experiências passadas.”
E, justamente pra darmos sentidos é que transformamos as nossas experiências passadas em narrativas poderosas. Você pode criar a sua narrativa a partir do que aconteceu com você. Quem sabe falo mais sobre isso na próxima edição?
3. O diferente é ser corajoso
Ser diferente é uma questão de coragem
Desde criança sempre morei em várias cidades e conhecia pessoas diferentes.
Certa vez fui morar em uma cidade que não conhecia ninguém.
Na escola todo mundo tinha o seu grupinho.
E eu me sentia um peixe fora d'água.
Piorou foi quando o professor pediu uma apresentação.
Os grupinhos já tinham em mente o que fazer e eu estava mais perdida que cego em tiroteio. É horrível chegar num lugar e não conhecer ninguém, já viveu isso?
Todos estavam preparando as fantasias, mas eu não ia lá com estas ideias de fantasias. Até hoje acho sem graça.
Então eles fizeram os ensaios e me excluíam.
Como ia muito à biblioteca, nesta época já gostava muito de ler, resolvi apresentar um teatro nada a ver na época.
"A bonequinha preta" de Alaíde Lisboa.
A bonequinha preta
Durante vários dias ensaiei até que chegou o grande dia.
Enquanto todo mundo estava ligado na fantasia, eu estava lá toda pretinha.
Na hora da apresentação todos se impressionaram.
A representação foi fantástica.
Fui convidada a apresentar pra secretaria do estado de MG.
Mas poderia ter sido pior.
Eu poderia ter me sentido esculachada, porque ao pisar no palco todos olharam pra mim com um olhar de repulsa, eu estava pretinha, com uma boca vermelha e gaguejava pra caramba, me limitei?
Não, sabe por quê?
Porque decidi ter coragem, viver aquele momento e pegar só a parte boa da história. Qual é a parte boa da sua história que você ainda não acessou?
Decidi fazer por mim o que ninguém mais faria.
Percebe que tudo é o sentido que você dá pra suas experiências?
Se você chegou até aqui com traumas de algo que aconteceu com você, sugiro que repense, viver com traumas é criar pra si mesmo uma prisão mental, emocional e espiritual.
Como o Adler diz “O importante não é aquilo com que nascemos, mas o uso que fazemos desse equipamento.”
4. As duas perguntas mágicas
Ame a incerteza
Poderia ter me escondido ou ter pensado no que poderia ter acontecido durante a apresentação, mas não. Não me deixei ser dominada por aquilo.
Porque a mudança ou qualquer outra meta que você tenha na vida, sempre vai te colocar entre duas perguntas mágicas:
“E se der certo?”
“E se der errado?”
Da mesma forma quando você quer criar uma narrativa pra vender na internet e aí com medo você olha pro seu mercado e percebe que fulano de tal tá bombando. Então você vai la e molda sua história pra parecer com a do outro.
E sabe o que acontece? Você flopa.
Porque não é sobre a história que você conta, é sobre o sentido que você comunica.
E todas às vezes que você se questiona querendo ser o outro, e não tem coragem de olhar pra si mesmo, você desonra tudo que você já viveu.
Percebe como uma coisa leva a outra?
Parafraseando o autor
“Enquanto viver assim, nos domínios da possibilidade, de “se tal e tal acontecessem”, você nunca será capaz de mudar, de ter a sua narrativa e de vender com a sua história.”
O livro é muito profundo, não dá pra estender muito esta conversa porque se não ficaremos por horas.
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Quando estamos falando de marketing, vendas, histórias, sempre estamos nos referindo a relacionamento entre seres humanos.
É preciso ser corajoso, mas principalmente, ser sincero pra reconhecer a própria narrativa sem querer agradar os outros.
Pois é na sua coragem que você cria as melhores histórias da sua vida.
Encerro por aqui a newsletter Conversas Sinceras e comecei este texto na semana passada e não tinha a pretenção de enviar a segunda edição apenas pra agradar meus leitores.
Como ainda não tinha finalizado o meu raciocínio preferi enviar hoje.
No vemos no próximo domingo às 18h.
Grande abraço,
Priscila Koelho
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📕 (1) O que estou lendo:
* O Cérebro da Criança, como se comunicar que até uma criança entenda. Muitas vezes falamos isso, mas na prática parecemos o professor "chato" que a gente não entendia na escola.
✍️ (2) O que estou escrevendo:
Nesta semana escrevi mais reflexões. Estive imersa em projetos de clientes, mas os 15 minutos por dia me salvou. Consegui separar os pontos positivos e negativos dos últimos dias e isso me deu clareza pro final de ano. Experimente fazer isso também e depois me conta.
🎥 (3) O que estou assistindo:
Dove Real Beauty Sketches: gosto de me inspirar em propagandas, quando o Henrique Carvalho falou no curso não pensei duas vezes e assisti. É um clássico que retrata muito quem é a mulher. Tem no youtube.